A homossexualidade pode ser definida como o "apego emocional que implica em atração sexual, ou de relações sexuais declaradas entre indivíduos de um mesmo sexo."
A ciência ainda tem um conhecimento limitado acerca dos aspectos genéticos , glandulares e orgânicos na determinação da homossexualidade.
A cultura influencia de maneira significativa a maneira de encarar e abordar a sexualidade, mormente a homossexualidade. Até a década de 70 a homossexualidade era classificada como transtorno mental, sendo retirada posteriormente dos manuais diagnósticos.
O ambiente social rejeita francamente ou dissimuladamente a homossexualidade, da mesma maneira que rejeita outras minorias sociais. Em algumas culturas a homossexualidade é perseguida e punida.
O sexo biológico é transcendido, na atualidade, pelo gênero sexual, que vai depender dos desejos inconscientes que os pais alimentam quanto às condutas e comportamento dos filhos. É de importância vital as identificações dos filhos com os pais, assim como o discurso destes últimos em relação à sexualidade. Os padrões sexuais não são inatos, sofrem a criação dentro da família, sendo repassados de geração em geração( transgeracionalidade). Muitos conflitos não resolvidos entres pais e filhos passam para gerações posteriores, na designação de papéis, que se não cumpridos, geram vergonha, culpa, medo e humilhação.
Os fatores de gênero sexual dos filhos são a atribuição de nomes próprios ambíguos, o uso de roupas que causam confusão e indefinição no contexto social, o tipo de brinquedos e brincadeiras, a forma de nomear os órgãos genitais, o tipo de esporte que estimulam nos filhos, o denegrimento de certos atributos femininos e masculinos.
Nos aspectos psicológicos destacam-se os desejos e fantasias inconscientes da criança, produzindo pontos de fixação no desenvolvimento psicossexual, para os quais irá regredir, em momentos de ansiedade. As fases mais estudadas dessa fixação são a fase edípica e a narcisista. Qualquer má resolução dessas fases configura uma indiferenciação e indiscriminação, sendo que os objetos externos( as pessoas) são percebidas sem diferenças sexuais, portanto, de uma perspectiva " homossexual". Em outras investigações clínicas, observa-se uma ligação simbiótica( fusional) com a figura materna, excluindo a importância do pai. A exclusão do pai do psiquismo da criança, nessa ligação narcisista, com precoce erotização e infantilização, dificulta a identificação com os atributos masculinos do pai. O futuro adulto, precocemente adulto( falsa identidade) hipertrofia o papel que lhe foi imposto pela mãe, o de ser "o principal desejo dos desejos da mãe." O pai excluído( ou ausente, ou muito autoritário), fica fora do imaginário da criança, e não funciona como a necessária interdição paternal( Nome do pai, de Lacan). O que causa essa exclusão paterna? O afastamento físico e geográfico, um pai frágil, dominado pela mãe autoritária, a figura do pai denegrida pelo discurso da própria mãe da criança.
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