sábado, 15 de agosto de 2009

Bipolares Famosos -Parte 2





A história tenta entender o que levou dois gênios da arte, Vicent Vang Gogh e Ernest Hemingway a cometer suicídio. Como já vimos anteriormente, pacientes bipolares possuem trinta vezes mais chance de cometer suicídio do que a população em geral. Provavelmente esses dois artistas sofriam de depressão, seja ela bipolar ou unipolar. Pela observação das telas de Van Gogh, percebe-se uma oscilação extrema de temáticas, muitas com peculiaridades depressivas no início da carreira e ,no final da vida, a opção por cores vivas, aberrantes, de tonalidade "maniaca". Hemingway gostava de voar de avião, com espírito aventureiro, incomum para depressivos crônicos. Ambos podem ter se suicidado em fases depressivas do TAB. Parece que a mudança de humor os beneficiou na arte e os prejudicou na vida.

Bipolares Famosos -Parte 1



Em julho de 2008 reuniram-se em Bento Gonçalves(RS) psiquiatras do Brasil e a escritora Lya Luft para esmiuçar o perfil literário e psiquiátrico da escritora Virgínia Wolf. Assistimos a um trecho do filme " As horas" e escutamos a escritora Lya Luft, que foi a tradutora das obras da Virgínia Wolf no Brasil, traçar o perfil biográfico e literário dessa destacada escritora inglesa. Depois o professor Beny Laffer, professor de Psiquiatria da USP, discorreu sobre a patografia da escritora. Na união de diferentes pontos de vista, concluiu-se que Virgínia Wolf, que se suicidou por afogamento, era portadora de TAB. As cenas do filme " As Horas", deixam bem claro o clima pesado e sombrio que se abateu na vida da protagonista. As cartas , carregadas do tom depressivo, característico de uma das fases da doença, demonstram essa suspeita. Cogitou-se, também, o diagnóstico de esquizofrenia, mas não havia dados suficientes , nem deterioração mental avançada para confirmar esse diagnóstico. A escritora Lya Luft, além de excelente escritora, é uma oradora cativante, encadeada nas palavras e ritmo de apresentação. O dia frio, a sala lotada, todos refletíamos sobre o que poderia ter ceifado a vida de Virgínia Wolf. Agora temos uma possibilidade real, quanto mais aprendemos sobre essa doença que merece atenção e tratamento. Ninguém está livre, nem os gênios literários.

O transtorno Afetivo Bipolar(TAB) atrofia o cérebro





Pesquisadores da Universidade de Endiburgh, em 2007, através de ressonância nuclear magnética em 20 pacientes, descobriram que os portadores de TAB sofrem um processo de atrofia cerebral acelerado. Esse trabalho foi publicado no Biological Psychiatry.