domingo, 18 de outubro de 2009

Intoxicação Alcoólica Aguda



O uso agudo de álcool provoca intoxicação dos tecidos orgânicos. Produz seus efeitos psicoativos no cérebro e agride diferentes sistemas corporais. O uso crônico produz a dependência e o surgimento de doenças físicas e mentais.

Na intoxicação aguda, que é uma condição transitória, há uma perturbação dos níveis de consciência, cognição, percepção, afeto e comportamentos. A dosagem do álcool no sangue( alcoolemia) dependerá da quantidade ingerida e do metabolismo hepático, mas sofre influência de outros fatores como a graduação alcoólica da bebida, o conteúdo de açúcar( retarda a absorção), a velocidade de ingestão ou a presença de alimentos no estômago.

Indivíduos com tendência genética ao alcoolismo podem apresentar tolerância aos efeitos do álcool, necessitando de doses cada vez maiores para sentirem os mesmos efeitos das primeiras doses. Isso induz ao uso de grandes quantidades de álcool, aumentando o risco de dependência.

O paciente intoxicado apresenta-se alegre, agitado, desinibido, barulhento, sonolento ou choroso.
No início do uso( estágio inicial), com alcoolemia de 22-99 mg/100ml, o indivíduo está com os movimentos e reflexos reduzidos e eufórico. Na medida que avança no consumo( 100-199 mg/100ml), fica com o raciocínio diminuído, humor instável, juízo crítico comprometido, além da marcha cambaleante( ataxia). Com a alcoolemia de 200-299mg/100ml, a fala fica pastosa( arrastada), humor mais instável, surgem as náuseas e vômitos. Em alcoolemias entre 300 e 399 mg/100ml, há lapsos de memória, humor instável e inicia o primeiro estágio de anestesiamento geral. Quando o indivíduo ultrapassa 400 mg/100ml, apresenta insuficiência respiratória, coma e morte.

Causas do Alcoolismo

O alcoolismo tem raízes genéticas fortes. Diversos estudos de gêmeos e de adoção mostram que filhos de alcoolistas são aproximadamente quatro vezes mais propensos a desenvolver o alcoolismo.Os dados epidemiológicos mostram que o alcoolismo acomete , em média, 12% da população. Quanto mais cedo o contato do indivíduo com o álcool, maior a chance de desenvolver a dependência. Isso coloca os jovens no grupo de risco para o transtorno. As campanhas preventivas também deveriam ser endereçadas a essa faixa etária para minimizar os riscos de dependência futura.
O uso durante a vida supera mais de 75 % da população em levantamentos feitos nas principais capitais brasileiras. O uso frequente é feito por 14, 5 % dessa mesma população.

Alcoolismo



O álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central(SNC). Apesar de ser considerada, pelos leigos ,como estimulante, pelos efeitos euforizantes nos primeiros goles, sua ação depressora fica evidente quando o consumo aumenta , podendo levar `a sedação e depois à inconsciência e coma. O uso de álcool é fonte de prazer desde a antiguidade, como a busca de alteração de estados de consciência no uso de qualquer substância psicoativa.


As bebidas alcoólicas podem ser as fermentadas( cerveja e vinho), com percentual alcoólico variando de 4 % até 14%, as destiladas( uísque, gim, cachaça, vodcka, conhaque), com percentual alcoólico acima dos 30%.

O uso de álcool é recomendado em pequenas doses e esporadicamente( beber social). Mas em indivíduos com vulnerabilidade genética e com o uso exagerado, o risco de desenvolvimento do alcoolismo aumenta.

O alcoolismo é quadro heterogêneo que engloba diferentes diagnósticos. Comumente é usado como sinônimo de da síndrome de dependência do álcool. Além da dependêncìa alcoólica, outros desfechos podem ser detectados, como a intoxicação aguda, o uso nocivo do álcool, o estado de abstinência, o estado de abstinência com delirium, o transtorno psicótico( alucinose alcoólica, ciúme alcoólico , paranóia alcoólica), a síndrome amnéstica e o transtorno psicótico residual.