O uso agudo de álcool provoca intoxicação dos tecidos orgânicos. Produz seus efeitos psicoativos no cérebro e agride diferentes sistemas corporais. O uso crônico produz a dependência e o surgimento de doenças físicas e mentais.
Na intoxicação aguda, que é uma condição transitória, há uma perturbação dos níveis de consciência, cognição, percepção, afeto e comportamentos. A dosagem do álcool no sangue( alcoolemia) dependerá da quantidade ingerida e do metabolismo hepático, mas sofre influência de outros fatores como a graduação alcoólica da bebida, o conteúdo de açúcar( retarda a absorção), a velocidade de ingestão ou a presença de alimentos no estômago.
Indivíduos com tendência genética ao alcoolismo podem apresentar tolerância aos efeitos do álcool, necessitando de doses cada vez maiores para sentirem os mesmos efeitos das primeiras doses. Isso induz ao uso de grandes quantidades de álcool, aumentando o risco de dependência.
O paciente intoxicado apresenta-se alegre, agitado, desinibido, barulhento, sonolento ou choroso.
No início do uso( estágio inicial), com alcoolemia de 22-99 mg/100ml, o indivíduo está com os movimentos e reflexos reduzidos e eufórico. Na medida que avança no consumo( 100-199 mg/100ml), fica com o raciocínio diminuído, humor instável, juízo crítico comprometido, além da marcha cambaleante( ataxia). Com a alcoolemia de 200-299mg/100ml, a fala fica pastosa( arrastada), humor mais instável, surgem as náuseas e vômitos. Em alcoolemias entre 300 e 399 mg/100ml, há lapsos de memória, humor instável e inicia o primeiro estágio de anestesiamento geral. Quando o indivíduo ultrapassa 400 mg/100ml, apresenta insuficiência respiratória, coma e morte.