A Fobia Social acomete 3 % da população geral. Os sintomas aparecem na infância ou no início da vida adulta e o curso é crônico. É classificada como um tipo de transtorno de ansiedade.
O diagnóstico é feito quando se detecta medo acentuado e persistente de passar por situações embaraçosas ou humilhantes em certos contextos de exposição e interação social. O contato com o estímulo ou situação temida provoca ansiedade, podendo desencadear ataques de pânico. A pessoa reconhece o medo como excessivo ou irracional, entretanto não consegue controlá-lo. As situações sociais são evitadas( esquiva fóbica), sendo que esse comportamento causa prejuízo funcional importante, interferindo na rotina profissional e social, além de causar intenso sofrimento físico e psíquico. Esse medo não pode ser produzido pelo uso de substâncias ou condição médica geral.
O diagnóstico diferencial é feito com a timidez. A timidez é um traço de personalidade determinado geneticamente. Diferente da fobia social, a timidez tende a amenizar quando o indivíduo se entrosa em situações sociais ou tenta expor-se ao estímulo temido( falar em público, por exemplo). Na fobia social, a tentativa de enfrentar o medo, aumenta os sintomas do transtorno, a ponto da pessoa ficar paralisada.
Muitas pessoas portadoras de fobia social, acabam se isolando e desenvolvendo outras doenças psiquiátricas comórbidas como depressão, abuso de álcool( para diminuirem a ansiedade), abuso de outras drogas recreativas.
O tratamento se faz através de antidepressivos ISRS( inibidores seletivos da recaptação da serotonina), beta-bloqueadores( para os sintomas físicos da ansiedade). A terapia cognitivo-comportamental também é bastante utilizada, através de técnicas de dessensibilização sistemática. O indivíduo vai se expondo aos estímulos fóbicos até que haja a atenuação ou extinção do medo. Outra técnica bastante útil é o desenvolvimento de habilidades sociais, que estão deficitárias no paciente, em virtude de não tê-las desenvolvido suficientemente. Outro aspecto da terapia é questionar as crenças disfuncionais( cognições distorcidas) quanto à sensação de estarem sendo julgados, escrutinados pelos outros, desenvolvendo uma postura mais segura e assertiva em cada interação social.