terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Transtorno Psicossomático

É a manifestação de queixas físicas em órgãos que são controlados pelo sistema nervoso autonômico( fora do controle voluntário). Os sintomas de excitação autonômica incluem palpitações, tremores, rubor, sudorese, com características persistentes. Os sintomas são subjetivamente relacionados a um órgão específico. Há uma preocupação e angústia quanto à possibilidade de um transtorno grave no órgão citado, sem nenhuma base. Os sintomas psicossomáticos mais comuns são: hipertensão arterial, gastrite e úlcera, colite ulcerativa, dermatites atópicas, asma, hiperventilação( puxamento de ar constante), urticária, dores inespecíficas, dificuldades digestivas, tosse.
No transtorno doloroso persistente ocorre dor persistente e angustiante, em sítios anatômicos, tendo como causa conflitos emocionais ou problemas psicossociais. A preocupação se converte em queixa física dolorosa mais comumente na cabeça, face, região lombar e região pélvica. Não é produzida pela pessoa nem simulada. Não é consequência de outros transtornos psiquiátricos.
O custo econômico dos transtornos psicossomáticos é alto, pela alta demanda de exames investigatórios negativos, além de ser frustrante para o médico e para o paciente. É necessário o trabalho de uma equipe multidisciplinar, que envolve o uso de medicamentos e psicoterapia.

Outras Parafilias

Entre outras parafilias menos comuns estão fazer telefonemas obscenos, esfregar-se nas pessoas para estimulação sexual em lugares públicos( frotteurismo), atividade sexual com animais( zoofilia), uso de estrangulamento ou anóxia para intensificar a excitação, preferência por parceiros com alguma anormalidade anatômica, busca incessante de lugares e correios eletrônicos relacionados com sexo, busca de relacionamento excitatório com cadáveres( necrofilia), manipulação e contemplação de material fecal( coprofilia), ingestão de excrementos( coprofagia), urinar, ser urinado ou beber urina( urofilia), estimulação e introdução de objetos na uretra feminina( uretismo sexual), preferência sexual por enemas( clisterfilia).

Pedofilia

A Pedofilia é uma parafilia e se caracteriza pela preferência sexual por crianças e pré-púberes. É raramente identificada em mulheres. Difere do incesto, no qual a vítima é mais velha. As atividades e fantasias sexuais são intensas e recorrentes. Há sofrimento clinicamente significativo. O indivíduo tem ,no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos 5 anos mais velho que a criança. Não deve envolver adolescentes para o diagnóstico.

Sadomasoquismo

O Sadomasoquismo é considerado uma parafilia e se caracteriza pela atração sexual aumentada em atividades com comportamento de servilismo e provocação de dor ou humilhação. No masoquismo o indivíduo funciona como o objeto. No Sadismo, o indivíduo funciona como o executor. Graus leves de sadomasoquismo são comumente aceitáveis para intensificar a atividade sexual normal.
O comportamento deve ser considerado anormal apenas se a atividade é fonte de estimulação mais importante ou é estritamente necessária para a satisfação sexual. Pode ser difícil distinguir o sadismo sexual da crueldade em situações sexuais ou de raiva não relacionada a erotismo.

Voyeurismo

O Voyeurismo é considerado uma parafilia e consiste no ato de olhar as pessoas envolvidas em situações íntimas ou sexuais. Geralmente é acompanhada por excitação e masturbação. Não há conhecimento da pessoa que está sendo observada. É de natureza persistente e recorrente.
O exibicionismo e voyeurismo são, em muitos aspectos opostos, combinados. O desempenho sexual é apático, com evolução mínima de 6 meses. Não há relatos em mulheres, manifestando-se antes dos 15 anos de idade. Pode ser uma prática aceitável, dentro de relacionamentos sexuais ativos, se não for substituto da atividade sexual.

Exibicionismo

O Exibicionismo é uma parafilia que se caracteriza pelo ato de expor os orgãos genitais a outras pessoas( usualmente sexo oposto) em lugares públicos. Não existe intenção de contato íntimo, mas aumentar a excitação. O ato é de natureza persistente e recorrente, comumente seguido de masturbação. Manifesta-se em períodos de estresse ou crises emocionais. Pode haver longos períodos sem o comportamento. A evolução mínima é de 6 meses. É limitado a homens heterossexuais. Para alguns exibicionistas, é a única atividade sexual. Há outros em que o exibicionismo ocorre dentro de uma vida sexual ativa e dentro de relacionamentos duradouros. Quando a pessoa para quem o exibicionista se expõe mostra-se chocada, assustada ou impressionada, a excitação do indivíduo é intensificada.

Fetichismo



O Fetichismo é considerado uma parafilia. Caracteriza-se pela utilização de alguns objetos inanimados como estímulo para excitação e satisfação sexuais. Os fetiches são extensões do corpo humano( artigo de vestuário e calçados), texturas( borracha, plástico ou couro). Os objetos-fetiche podem simplesmente ser meios para intensificar a excitação, para outras pessoas se transformam na maior fonte de estimulação( parafilia verdadeira). Quando há necessidade da presença dos objetos-fetiche para uma resposta sexual satisfatória estamos diante do fetichismo.
O Fetichismo é limitado quase exclusivamente a homens, sendo mais frequente em heterossexuais. Para caracterizarmos essa parafilia, a evolução mínima é de 6 meses, com sofrimento significativo na ausência do objeto-fetiche. Algumas pessoas praticam masturbação e alcançam o orgasmo de várias maneiras, seja vestindo o objeto, acariciando-o ou tendo contato oral com ele.
No travestismo fetichista, a excitação envolve o uso de roupas do sexo oposto. Podem ser usados a vestimenta completa, perucas, maquiagem. Há um forte desejo de tirar a roupa tão logo o orgasmo ocorra e a excitação declina. É encontrado comumente em fases precoces de transexualismo ou em travestis assumidos em fase precoce do desenvolvimento( por volta dos 10 anos de idade).