A esquizofrenia foi descrita no início do século pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin, que a denominou "demência precoce." Posteriormente, o psiquiatra suiço Eugen Bleuler deu o nome de esquizofrenia ao antigo conceito.
A doença é rara na infância e na terceira idade, sendo mais frequente entre os 20 e 30 anos de idade. Geralmente os pacientes apresentam alterações comportamentais prévias à doença( pródromos), como retraimento, afastamento social, dificuldades acadêmicas, conversas estranhas, que envolvem idéias religiosas fora de contexto ou envolvimento com assuntos bizarros. Muitos pacientes referem que se sentem estranhos, angustiados, como se o mundo fosse diferente, mas são explicações vagas. Essa estranheza, quando investigada a fundo, revela muitas idéias ocultas de conotação delirante, como a convicção de estar sendo perseguido.
Na evolução do transtorno podemos observar o aparecimento súbito dos sintomas ou aparecimento mais gradual no decorrer dos anos. Os sintomas são muito heterogêneos e mutantes, podendo alcançar períodos de pico( episódio psicótico agudo), que é conhecido na linguagem popular como "surto esquizofrênico." Nesses momentos pode ser necessária a hospitalização para aplacar os sintomas agudos e evitar riscos para o paciente e outras pessoas.
Quando se encontra em surto psicótico, o paciente precisa ser avaliado por um serviço de emergência em psiquiatria. A partir do esbatimento dos sintomas agudos, traçamos um plano terapêutico que inclui o uso prolongado de medicação e algum tipo de psicoterapia adjuvante( psicossocial ou ocupacional). Muitos pacientes conseguem, através dessas modalidades terapêuticas, recuperar a sua capacidade laborativa( 1/3 dos casos) e se adaptar relativamente bem às situações de convívio social.