terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Cérebro do Depressivo


Os aspectos neuroquímicos da depressão foram descobertos a partir de medicamentos que atuavam em diferentes neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina.

A hipótese monoaminérgica, proposta por Schildkraut, postulava que a depleção da noradrenalina na fenda sináptica( espaço entre dois neurônios) estivesse envolvido na explicação dos quadros depressivos. A hipótese surgiu da observação de pacientes usando reserpina( anti-hipertensivo), que desenvolviam sintomas depressivos. A reserpina depleta a noradrenalina na fenda sináptica. Em contrapartida, os tricíclicos repunham esse neurotransmissor, melhorando os sintomas depressivos.
Posteriormente a serotonina foi implicada na gênese da depressão. Chegou-se a essa hipótese, porque um metabólito da serotonina , o ácido 5 hidroxi-indolacético, estava baixo no sangue de pacientes depressivos.
Na década de 70 postulou-se a serotonina como regulador de outros neurotransmissores( hipótese permissiva) , como a noradrenalina e a dopamina. As pesquisas foram direcionadas para a elaboração de medicamentos serotoninérgicos.
Outros mecanismos envolvidos vão além da fenda sináptica, chegando ao interior dos neurônios, onde moléculas( segundos mensageiros) estariam envolvidos na depressão.