A Anorexia Nervosa é caracterizada por perda deliberada de peso, pela não alimentação associada ou não ao uso de substâncias espoliantes ou vômitos, numa busca constante de magreza, em virtude de um distúrbio na imagem corporal.
Entre os critérios para o diagnóstico estão a perda de pelo menos 15 % do peso original, amenorréia( cessação da menstruação) de pelo menos três ciclos consecutivos, medo intenso de engordar e distúrbio da imagem corporal( achar-se gorda, apesar dos sinais de magreza).
A doença pode ser de dois tipos: O restritivo- não há o comportamento de comer compulsivamente ou usar purgação; a compulsão periódica/purgativo- apresenta ingesta compulsiva ou purgação.
O início se dá na infância tardia e adolescência( 13-14 anos e 17-18 anos), com uma ocorrência em torno de 0,5 % a 1% das meninas adolescentes. A doença apresenta alto grau de gravidade, sendo que 15 % evoluem para óbito.
Há evidências psicológicas de problemas relacionais com os pais, caráter introvertido ou obsessivo, vida sexual inativa, negação da fome, com predomínio em mulheres brancas de classe média e alta.
Os sinais clínicos são a extrema magreza, a pele ressecada, unhas e cabelos quebradiços, penugem fina nos membros, constipação intestinal, anemia e inchaço nas articulações.
Pode haver associação com outros transtornos psiquiátricos, como depressão, ideias crônicas de suicídio.
O diagnóstico é clínico e laboratorial. Os exames de neuroimagem demonstram alterações inespecíficas na Tomografia computadorizada(TC) como sulcos e ventrículos cerebrais aumentados. No PET ( tomografia por emissão de pósitrons) há um aumento do metabolismo do núcleo caudado.
O tratamento é multidisciplinar, envolvendo clínicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais.