Os Transtornos Alimentares são decorrentes da maior ou menor ingesta de alimentos, motivados por distúrbios de base psicológica, e que têm como objetivo concreto a diminuição ou a manutenção do peso corporal. Os distúrbios principais são: Bulimia Nervosa e Anorexia Nervosa.
Na Bulimia Nervosa ocorrem crises de ingestão excessiva de alimentos( hiperfagia) associadas a uma preocupação excessiva com o controle do peso corporal. Há uma compulsão periódica para a ingestão de grandes quantidades de alimentos, com pouco ou nenhum prazer. A prevalência é de 1 a 3 % nas mulheres jovens. Compondo o quadro clínico, há comportamentos compensatórios, alternantes e recorrentes, como purgação, exercícios físicos exagerados e períodos de jejum. Para caracterizarmos o diagnóstico, os sintomas precisam ocorrer duas vezes por semana durante três meses.
A paciente refere pouca ou nenhuma perda de peso e perda do controle alimentar. São divididas em dois tipos: o tipo purgativo- uso de vômitos auto-induzidos ou uso de laxantes, diuréticos ou enemas; o tipo sem purgação- uso de comportamentos compensatórios inadequados, tais como jejuns prolongados e exercícios físicos excessivos.
Em torno de 40 % das universitárias apresentam episódios isolados. Na investigação causal, observam-se famílias com pouco grau de intimidade e pais negligentes. As pessoas acometidas podem ter associação do transtorno com o uso de álcool e drogas e caráter histérico. A bulimia inicia mais tardiamente que a anorexia nervosa. Não existem testes laboratoriais indicados, sendo o diagnóstico essencialmente clínico. Apesar disso, há evidências do aumento dos níveis de endorfina plasmática.
As complicações clínicas são alterações causadas pelos vômitos induzidos( diminuição do potássio sanguíneo), risco de ruptura gástrica ou esofágica e hipertrofia das glândulas parótidas. O tratamento é com o uso de ISRS( inibidores da recaptação da serotonina), alguns estabilizadores de humor e psicoterapia.
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