O tratamento do Transtorno Depressivo Maior(TDM) é feito basicamente com medicamentos antidepressivos e psicoterapia.
Se a depressão for leve, pode-se tentar psicoterapia breve dinâmica, psicoterapia interpessoal ou psicoterapia cognitivo-comportamental.
Se a depressão for de moderada a grave é aconselhável associar as modalidades psicoterápicas a um tratamento medicamentoso adjuvante.
Em depressões psicóticas , a associação antidepressivos + antipsicóticos é mandatória para a recuperação do paciente.
Em depressões bipolares, o tratamento de escolha são os estabilizadores de humor(EH), mas muitas vezes associamos algumas classes antidepressivas com menor risco de causar virada maníaca.
O objetivo inicial é alcancar a remissão total dos sintomas, devendo o tratamento se estender ( num primeiro episódio) no mínimo 6 meses, podendo chegar a 2 anos. Num segundo episódio depressivo o tratamento dura de 2 a 5 anos. Num terceiro episódio o tratamento é permanente.
Entre as classes medicamentosas disponíveis existem os tricíclicos, os inibidores da recaptação da serotonina(ISRS), os inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina(IRNS), e outras classes diversas.
A escolha do medicamento nunca pode ser uma "receita de bolo". A arte e ciência psiquiátrica se assenta na alquimia psicofarmacológica. Cada paciente precisa de um regime terapêutico único, conforme a sua idade, subtipo de doença, medicamentos utilizados, padrão de sintomas, condições econômicas, etc. A grande crítica que fazemos ao sistema público de saúde é não oferecer essas condições ideais para a população, pois nos postos os pacientes encontram justamente a receita de bolo, com medicamentos obsoletos e clínicos destreinados.