Na década de 80 os americanos Robert McCrae e Paul T .Costa elaboraram o modelo dos 5 fatores. Através desse modelo é possível classificar os traços de personalidade. Os cinco fatores aceitos são: extroversão, afabilidade, neuroticismo, abertura à experiências e consciência.
A extroversão inclui a sociabilidade. Em um extremo estão as pessoas reservadas e no outro extremo, as pessoas afetivas. Haveria o tímido versus o sociável, o quieto versus o falante, o passional versus o insensível, o discreto versus o alegre.
A estabilidade emocional é um conjunto de características que foram classificadas no grupo do neuroticismo. O nível de irritabilidade, ansiedade, nervosismo são mensurados neste grupo.
No fator consciência estão a responsabilidade, a disciplina, a organização, a pontualidade.
No fator afabilidade estão presentes a maneira como o indivíduo lida com as outras pessoas, se é cruel ou piedoso, crítico ou tolerante, mesquinho ou generoso.
No fator abertura à experiências estão o interesse em experimentar novas experiências, a curiosidade, o conservadorismo versus a liberalidade, etc.
Esses fatores são observados na clínica e a partir deles foram desenvolvidos testes que tentam desenhar objetivamente a configuração da personalidade de uma pessoa, a fim de prever determinados comportamentos e pensamentos.
Dificilmente uma pessoa vai conseguir radicalmente mudar os seus traços predominantes, que compôem sua identidade, estável e constante, mas poderá atenuar alguns traços e fortificar outros. Digo que uma pessoa introvertida nunca será um "extrovertido verdadeiro", mas pode ser um "extrovertido funcional", se aprender habilidades interpessoais, aprender a interagir com o mundo e buscar aprimoramento através de técnicas.
Pesquisas mostram que os traços de personalidade ligados ao neuroticismo são os mais difíceis de mudar( temperamento?).Mesmo os outros traços ligados à consciência ou extroversão possuem um limite provável de modificação. Alguns estudiosos recomendam não estimar mais do que 10 % de modificação.