Os transtornos de personalidade(TP) têm ocupado a prática psiquiátrica e psicológica com mais frequência. A prevalência de algum transtorno de personalidade na população geral é de 10 a 15 %.Quando avaliamos a população psiquiátrica, com qualquer transtorno de personalidade, esse percentual chega a mais de 50%.
Todos possuímos uma personalidade. Mas quando uma personalidade se transforma num transtorno? Isso ocorre quando traços( características) dessa personalidade ficam inflexíveis ou desadaptativos para a sobrevivência ótima do indivíduo em diferentes situações e contextos. Isso denota que fatores culturais podem influenciar o que se considera adaptativo. Portanto, a personalidade saudável precisa de um referencial cultural. Quando a personalidade se desvia das normas esperadas numa determinada sociedade ou cultura, estamos diante de um transtorno.
Uma característica ,historicamente associada a qualquer transtorno de personalidade, que foi abordada por Kurt Scnheider, diz respeito a tendência de portadores de transtorno de personalidade de fazerem outros sofrer. Como o indivíduo é inflexível, sente, pensa e percebe a si e o mundo de maneira doentia, traz muito sofrimento para si e para os que o cercam.
Os TP surgem na adolescência e início da vida adulta, mas já podem mostrar sinais na infância. São diagnosticados a partir dos 18 anos. São estáveis no tempo,isto é, não são passageiros e se manifestam mesmo na ausência de uma doença mental como depressão, ansiedade ou esquizofrenia. Os TP geralmente coexistem com outras doenças mentais, sendo diagnosticadas separadamente.
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