quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Transtorno Afetivo Bipolar(TAB) e Suicídio




O suicídio é uma causa de morte entre os pacientes acometidos pelo TAB. Se houver transtorno bipolar , o risco de suicídio é trinta vezes maior que o da população geral. O motivo do alto percentual deve-se a combinação de sintomas, a impulsividade aliada aos sintomas depressivos de desesperança e angústia. A depressão está associada a 35 % dos suicídios. Cerca de 20 % dos pacientes depressivos tentam suicídio em alguma fase da doença.


A vergonha de falar sobre essa ideação leva o paciente a isolar-se assustado, aumentando ainda mais o risco. O médico psiquiatra sempre inquire se o paciente está com pensamentos de morte, durante a avaliação clínica, para auxiliar nesse esclarecimento tão importante. O fato de perguntar não aumenta o risco de suicídio, ao contrário, alivia o sofrimento do paciente.


Estudos revelam que o paciente potencialmente suicida confessa seu intento em conversas corriqueiras ou mesmo alude algo a médicos, com quem consulta, em média , 6 meses antes da tentativa. Por isso, é importante sempre levar a sério os indícios e indiretas quanto a esse respeito. Na dúvida, devemos pesquisar ativamente qualquer sinal de intenção suicida.


Na vontade suicida está a fantasia de alívio para o sofrimento psiquico e físico. Alguns suicidas acreditam que morrer é a solução, uma maneira de reencontrar entes falecidos, de por fim a uma existência sem sentido, libertar a família da carga que causam, enfim, toda uma gama de distorções de pensamento carregados de nuances mágicas, depressivas e delirantes.


Frente a um paciente potencialmente suicida, o médico psiquiatra deve alertar a família quanto aos riscos, indicar hospitalização se a família não puder oferecer suporte de vigilância e cuidados intensivos nas fases críticas da doença. Geralmente a ideação suicida desaparece, quando os medicamentos começam a funcionar, o que pode levar de alguns dias até semanas.


Atualmente não existe nenhum programa de saúde, ou método de prevenção capaz de prevenir 100% o suicídio. Mas podemos minimizar os riscos. A melhor abordagem sempre é o controle adequado da doença, com tratamento mais precoce possível.

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