Uma pesquisa conduzida pela Dra. Gabriella Gobbi, do Centro de Saúde da Universidade de McGill, no Canadá, e publicado na Neurobiology of Disease, em dezembro de 2009, demonstra que os danos da maconha nos cérebros jovens são piores do que originalmente se pensava. Os adolescentes canadenses estão entre os maiores consumidores de maconha do mundo.
O estudo sugere que o consumo diário de maconha por adolescentes pode causar depressão e ansiedade, e tem um efeito irreversível no cérebro a longo prazo.
Seu estudo ressalta que a ação da maconha acontece em dois importantes neurotransmissores cerebrais- a norepinefrina e a serotonina, as quais estão envolvidas nas regulação de funções neurológicas tais como o controle do humor e da ansiedade. Adolescentes expostos à maconha apresentam uma diminuição na transmissão serotoninérgica, o que leva a transtornos de humor, e um aumento na transmissão noradrenérgica, que intensifica a suscetibilidade ao estresse a longo prazo.
Estudos epidemiológicos anteriores já haviam demosntrado como o consumo de maconha podia afetar o cérebro. Esse trabalho enfoca os mecanismos neurobiológicos causadores da depressão e ansiedade em adolescentes. É o primeiro trabalho que demonstra que os danos ao cérebro do adolescente são mais intensos comparativamente ao cérebro adulto.