A depressão materna é um fator de risco para o desenvolvimento infantil, com prejuízos na idade escolar e tardiamente na vida adulta. Como os transtornos mentais são mais frequentes no sexo feminino, esse grupo necessita de avaliações regulares para a detecção de sintomas psiquiátricos. A depressão atinge em torno de 10 a 20 % das mulheres pelo menos uma vez na vida e em 1/3 delas os sintomas persistem por toda a vida.
Diversas pesquisas apontam que a depressão materna é um fator de risco para prejuízos no desenvolvimento psicológico dos filhos, com dificuldades cognitivas, comportamentais e emocionais resultantes.
Os principais achados na avaliação de inúmeros trabalhos científicos demonstra que mães com depressão apresentaram níveis mais elevados de estresse em comparação com mães não depressivas. Esse estresse impactou negativamente no desenvolvimento infantil, com potencialização do risco de psicopatolgia dessas crianças na vida adulta.
Filhas que tiveram que conviver com sintomas depressivos de suas mães, em comparação com filhas que não tiveram que conviver, apresentaram taxas mais altas de indicadores depressivos, reconhecimento predominante de estímulos negativos do ambiente e carência de bases positivas na autoestima. As meninas parecem mais suscetíveis aos danos causados pela depressão materna, enquanto que os meninos parecem mais vulneráveis a fatores ambientais e aspectos cognitivos.
A maioria dessas mães não recebe o tratamento psiquiátrico adequado, piorando ainda mais as repercussões na saúde mental dos filhos a longo prazo. Há ainda os fatores genéticos associados `a transmissão transgeracional da doença.
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