domingo, 13 de setembro de 2009

Transtorno Depressivo e Opções de Tratamento



A depressão possui diferentes evoluções, dependendo do subtipo. Metade dos episódios( 50%) ocorre apenas uma vez na vida. A outra metade se divide em curso crônico(20%) ou recorrente(30%). Em 2002 , 46 especialistas internacionais estudaram as evidências sistemáticas para o transtorno depressivo unipolar, com revisão das conclusões em 2007.
Na investigação psiquiátrica interessa-nos saber o quadro clínico, o subtipo depressivo em curso, a gravidade da doença( leve, moderada e grave), o risco de suicídio, outras doenças psiquiátricas e médicas concomitantes, achados laboratoriais, fatores de estresse psicossocial, tratamentos anteriores e antecedentes familiares.
Na fase aguda, objetivamos a remissão completa dos sintomas, não apenas resposta( 50% de melhora), com a recuperação funcional completa.O prazo para que isso oconteça é de até 8 semanas.
A partir de 8 semanas, inicia-se a fase de continuação, obrigatória para todos os pacientes,independentemente se é o primeiro episódio ou não.Nessa fase muitos desistem do tratamento por conta própria. O objetivo é prevenir a recaída dos sintomas.
A partir de três episódios ou mais , o paciente precisa usar medicamento continuamente, entrando na fase de manutenção, cuja duração é por tempo indeterminado até o momento. O objetivo é evitar a recorrência dos sintomas nos anos seguintes.
A escolha dos medicamentos vai depender do perfil de cada paciente. Atualmente existem 39 antidepressivos disponíveis no mercado, de diferentes classes farmacológicas. Os primeiros foram os antidepressivos tricíclicos, depois surgiram na mesma época os inibidores da monoaminoxidase, posteriormente vieram os inibidores seletivos da recaptação da serotonina(ISRS) na década de 80. Atualmente existem várias classes medicamentosas: ISRSN, ISRS alfa 2, ERS, ISRN, ISRD, A-alfa 2, agonista MT.
A escolha do melhor tratamento vai depender da experiência clínica do psiquiatra, as respostas prévias a diferentes medicamentos, as doenças clínicas e psiquiátricas concomitantes, a interação com outros medicamentos, a resposta de parentes de primeiro grau, a preferência do paciente e finalmente os custos e disponibilidade do medicamento. Portanto, a equação de tratamento é complexa, um verdadeira arteciência terapêutica.

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