sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Doença de Alzheimer(DA)



A Doença de Alzheimer(DA) é a causa mais comum de demência( 80% dos casos). Trata-se de um quadro neurodegenerativo, progressivo, pelo acúmulos de placas de proteinas( beta-amilóides) nos neurônios, causando alterações na anatomofisiologia cerebral.


A doença é rara antes dos 60 anos de idade, mas é comum depois dessa idade, principalmente pelo aumento da expectativa de vida. A maior parte dos casos é de causa não identificável, mas há uma relação genética importante. Mutações de vários genes estão associados a ela. Em casos de manifestação tardia, ocorrem mutações nos genes responsáveis pela produção de uma proteína no sangue( Apoliproteina E), que regula a produção da proteína beta-amilóide. Com a destruição neuronal, o neurotrasmissor acetilcolina, importante em mecanismos de memória e transmissão dos impulsos nervosos para os músculos, sofre uma diminuição em nível cerebral. Estima-se que há uma alteração concomitante do influxo do mineral cálcio para dentro dos neurônios, causando um quadro de neurotoxicidade, com destruição neuronal.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas seguem um curso tipicamente progressivo;


Estágio 1-A pessoa fica esquecida, por comprometimento de áreas cerebrais responsáveis pela memória, principalmente hipocampo.


Estágio 2- Há perda mais pronunciada de memória recente( dependente do hipocampo), com desorientação espacial e temporal, dificuldades de concentração, afasia( incapacidade de encontrar a palavra certa), ansiedade, instabilidade de humor e mudanças de personalidade.


Estágio 3- A confusão se agrava, com o surgimento de sintomas psicóticos, como delírios e alucinações. Com o comprometimento de áreas cerebrais superiores( corticais), há perda das capacidades motoras , com descontrole esfincteriano intestinal e vesical.


O tratamento consiste no uso de medicamentos inibidores da enzima anticolinesterase( que destrói a aceticolina) e a memantina( que bloqueia os canais NMDA, diminuindo o influxo de cálcio e prevenindo a neurotoxicidade). Os tratamentos não curam, apenas retardam a evolução da doença e previnem alterações comportamentais.

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