A depressão ou depressões são entidades heterogêneas, com diferentes classificações. Fala-se em espectro depressivo não-bipolar por alguns autores.
Quanto às explicações para a causa das depressões, existem teorias aceitas e outras em processo de investigação.
Entre as teorias aceitas, já explicamos a teoria monoaminérgica em outro tópico. Segundo essa teoria, a depressão seria o resultado do desbalanço químico cerebral. Haveria deficiência das chamadas "catecolaminas"( serotonina, dopamina e noradrenalina). Esses neurotransmissores estão envolvidos em várias funções cerebrais, entre elas a regulação do humor.
Como se chegou à formulação da teoria monoaminérgica? Em exames post-mortem em suicidas, observou-se uma diminuição do transporte e dos receptores de serotonina. Em outros estudos, metabólitos( pedaços da molécula de serotonina transformada) estavam reduzidos em depressivos. Com a ação de medicamentos serotoninérgicos que aumentavam a concentração de serotonina no cérebro, os sintomas depressivos cediam!
Da mesma maneira, a noradrenalina é outro neurotransmissor que está distribuido em diferentes regiões cerebrais( semelhante à serotonina). Um anti-hipertensivo chamado reserpina diminui os níveis da noradrenalina. E pessoas tomando reserpina ficavam depressivas. Havia diminuição de metabólitos urinários dessa substância nos depressivos. Mais um sinal do envolvimento desse neurotransmissor na depressão!
Por fim, a terceira catecolamina, a dopamina, presente no córtex pré-frontal e amigdala cerebral, que são importantes no controle do humor. Pessoas com doença de parkinson( que têm deficiência de dopamina), apresentam depressão com frequência. Uma medicação da classe dos inibidores de uma enzima ( monoaminoxidase) regulam a dopamina preferencialmente e são excelentes antidepressivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário