Um estudo americano de 37 anos mostra que , apesar dos avanços na vida das mulheres em relação à igualdade de direitos com os homens, subjetivamente elas estão mais infelizes.
O estudo da Universidade da Pensilvânia (EUA), conduzido por Betsey Stevenson e Justin Wolfers, demonstra uma acentuada redução da satisfação feminina nas últimas três décadas- apesar do aumento das oportunidades de trabalho, as condições de educação e a almejada liberdade de decisão pessoal e afetiva.
Desde 1972, esse trabalho com entrevistas anuais com 1500 indivíduos , homens e mulheres, mostra que as mulheres estão mais insatisfeitas a cada ano, enquanto os homens estão cada vez mais felizes. Isso acontece com diferentes perfis de mulheres, casadas, solteiras, com ou sem filhos, bem ou mal-empregadas, brancas ou negras, pobres ou ricas. Durante a adolescência as mulheres são mais felizes que os homens, mas essa tendência se inverte a partir dos 40 anos.
Aventa-se que o aumento das oportunidades trouxe embutida a dupla jornada, física e emocional, que acaba exaurindo as mulheres e destruindo os casamentos. Outro fator relacionado é o envelhecimento e a mudança na aparência física, que se acelera nas mulheres antes dos homens. As mulheres envelhecem mais rapidamente que os homens e sofrem o preconceito numa sociedade esteticamente orientada.
As mulheres referem que se sentem cansadas. O centro de Estudos Políticos da Grã-Bretanha apresentou uma pesquisa sobre mulheres e trabalho: apenas 12 % das 4600 entrevistadas disseram trabalhar o dia todo; 31% declararam que não gostariam de trabalhar fora; 49 % das mulheres com filhos menores de 5 anos disseram que , se o marido trabalha, elas gostariam de ficar em casa. Parece que as mulheres estão querendo voltar ao lar. Desde 1995 até 2005, 1,2 milhões de mulheres deixaram de trabalhar fora nos EUA, caindo a linha ascendente que vinha crescendo em 22 anos. Um ponto levantado é que as mulheres se cobram muito, criando grandes expectativas , que são irrealisticamente perseguidas e não atingidas! Isso gera um ciclo vicioso de frustrações. Outro questionamento que fica é o reflexo do processo cultural de igualdade dos sexos, com um feminismo antinatural, que nega as diferencas biológicas, colocando a mulher num disputa desigual com os homens.
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